Desafios e Oportunidades: Mulheres como Consumidoras e Trabalhadoras na Jornada da Inclusão Empresarial, Órgãos Públicos e OSCs

11 de março de 2024
Jornada
Imagem Acervo TB

É claro que gostamos de receber flores, porém, em outras circunstâncias. Imagine você receber flores ciente de que está sofrendo uma ou mais violações?
Não é O DIA, nem tão pouco a semana, mês, ano. Nossas lutas são diárias nos transportes coletivos, no carro, bicicleta, moto, na escola/faculdade/universidade, no trabalho (público, privado ou OSC), no espaço religioso, nos relacionamentos íntimos, na família, nas calçadas, nos estabelecimentos comerciais. Enfim, reflita um pouco, observe, relembre: será que realmente você nunca presenciou algum tipo de ação ou abordagem abusiva?
Eu vivencio e presencio TODOS os dias, tanto virtual quanto presencialmente. Sendo diretamente impactada ou constatando outras mulheres e meninas sendo atingidas.
Na empresa, em reuniões de portas fechadas, nunca ouviu a fala de algum funcionário ou gestor desqualificar uma funcionária, impedindo que assumisse um cargo de gestão? Ou ser silenciada na reunião por achar que ela não tinha bagagem suficiente para expor uma proposta interessante por ser a mulher que tem atributos estéticos considerados padrão de beleza?
O que dizer das mulheres negras e as oportunidades para ocupar postos de trabalho que exigem grau intelectual avançado e, mesmo elas tendo tais características, o racismo as impede de ocupá-los, o que dirá de gestão!?
O Ministério da Igualdade Racial apontou em outubro de 2023 o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2022. Nela revela que a sociedade brasileira é majoritariamente negra e está assim distribuída: a população preta e parda totaliza 119,75 milhões de brasileiros e responde por 56% da população total. Destes, “as mulheres negras são o maior grupo populacional, 60,6 milhões, sendo 11,30 milhões de mulheres pretas e 49,3 milhões de mulheres pardas que respondem por mais de 28% da população total.”
Nota-se que há um grande contingente de mulheres negras circulando como consumidoras: no comércio varejista/atacadista, consultórios, clínicas, hospitais, escolas públicas/privadas, instituições de ensino superior e outros espaços. Também são candidatas em processos seletivos seja na iniciativa privada sem ou com fins lucrativos. No setor público, existe a política de cotas que, o atual debate está aprimorando a classificação de cor/raça para a inclusão de forma legítima a qual o direito, amplo e coletivo, exige para o enfrentamento à desigualdade racial.
Saindo da esfera racial, ainda temos muito por debater a inclusão de mulheres com deficiência tanto na qualidade de consumidoras como contratadas a partir da acessibilidade e abordagem inclusiva tanto na fala quanto na ergonomia dos espaços. Porém, selecionei um momento para lançar um artigo de opinião exclusivo para abordar esse assunto com a participação valiosa de uma pessoa com deficiência para debater.
Tenho uma série de artigos selecionados para lançar neste espaço, porém, optarei por divulgá-los em pequenas doses. Afinal, as múltiplas facetas das mulheres, sejam elas idosas, indígenas, ciganas, ribeirinhas, lésbicas, trans, ou tantas outras que compõem essa vasta diversidade, merecem ser exploradas e reconhecidas como cidadãs de direitos.
Finalizo este texto convidando empresas, órgãos públicos, espaços privados sem fins lucrativos para se envolverem em processos formativos, para que tais mulheridades sejam abordadas de forma inclusiva, respeitosa, empática, acessível e com inclusão tanto na qualidade de consumidora, servidora ou funcionária. A fim de ocupar postos sem que sejam alvo de algum abuso seja sexual, psicológico ou físico.
Sua empresa, órgão público ou OSC tem esse desejo de mudar para melhor? Tenho certeza que posso somar com metodologias criativas, lúdicas, assertivas para colher resultados positivos. Entre em contato para uma consultoria, analisarei o contexto de forma cuidadosa!

Visite-nos

Brasília-DF

Envie-nos um Email
Abrir bate-papo
Olá!
Como podemos ajudá-lo(a)?